quarta-feira, 3 de março de 2010

Quem és tu para me dizeres isso?

Chega! Estou farta de ti e dos conselhos que nunca te pedi e insistes em dar-me.
Não passas de um lobo com pele de cordeiro. Como me enganaste. Se hoje estou assim é porque nunca foste homem para me voltar as costas e me dizer que nunca aconteceria nada entre nós com as palavras todas. Nunca foste capaz de ser frio e duro. Se antes me tivesses dito essas palavras, hoje não estaria aqui. Mas não. Preferiste aninhar-te nesse papel de D. Juan. Nesse cantinho confortável do homem de família exemplar que observa de longe a miuda que lhe enche o ego e o faz sentir-se outra vez na casa dos vinte... Foi muito feio isso, sabes??

Tiveste medo, já percebi. Um homem como eu... que escândalo alguém descobrir que estou envolvido com uma pessoa que [...]. E a minha mulher? Ai se ela descobre... A gaja é tramada e eu tenho que andar direitinho senão corta-me a "mesada"...

Que triste, olha para essa figura. Um homem da tua idade com medo de apanhar-se apaixonado!... "e se a minha mulher descobre?...". Já deu pra perceber quem é General lá em casa... Experiencia não é deitar tudo a perder. Aposto como te tirei o sono... como tremias quando recebias uma mensagem no meio de um evento familiar... quando ela te passava o telemovel e olhava de esguelha e tu com medo que fosse eu... lamento dizer-te que NAO ME CONHECES! Jamais faria isso... não sou esse tipo de mulher. Nem sou mulher de casos, tampouco.

Mas QUE RAIO me havia de acontecer isto contigo... tens mais 20 anos que eu quase!!!!!! És casado, tens filhos e ainda por cima temos uma relação profissional que não seria bem vista...

Claro que compreendo que me digas que não dá pra ter coisas sérias... Mas porque nunca me disseste isso? Porque é que me tratas bem num dia, me fazes sentir especial e no outro me dizes as coisas que dizes?.... Porque gostas de ser adolado... quem não gosta? quem não gostaría de ter um caozinho fiel que mesmo depois de lhe batermos ou esquecermos de dar comida, quando entramos em casa faz-nos uma festa como se não como se não nos visse há 10 anos... Foste cruel. Fiquei muito magoada... Chorei muio, sofri muito... Nunca vou esquecer aquelas palavras duras.

Sai! não te quero ver nunca mais...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Pano Caíu



Depois do teu telefonema, emagreci 1 kilo em 24 horas. Que torturosas essas horas. Confesso, longe de qualquer modéstia, nunca ter tido dificuldade em conquistar um homem. Normalmente até me deixo conquistar, prefiro o jogo da resistência, bem mais fácil do que avançarmos nós para a caçada, arquitectar planos... jogar à defesa é sempre mais fácil!




Naquele dia resolvi ligar-te e imaginei que mil cenários poderiam acontecer, mas aquele nunca. Estavas fora de ti! Não eras tu!... Aquela pessoa sempre controlada, com domínio da situação não estava na linha. “Sabe quem fala?” perguntei. “Não faço a MÌNIMA ideia!...”. Estremeci com o tom da tua voz e entendi de imediato que não ía correr bem. Desarmaste-me à entrada, fiquei nua e O PANO CAIU! Quem me manda a mim desafiar tamanho adversário ?
Foste sempre tão gentil... elegante... o que terei eu feito para teres mudado? Estavas perturbado, irritado, engasgaste-te, mas porquê? O que mudou? Se sabias que era eu desde o início porque é que me respondeste assim? Será que sabias, será que me adiantei em revelar-me? Como é que alguém diz “volte sempre que quiser” e pouco depois “deixe-me, definitivamente!”.




“Eu quero ter paz, deixe-me ter paz....” fui longe demais, talvez. Estava a enlouquecer-te? Tirei-te o sono? Confesso que não medi o resultado da minha conquista, do meu plano... estarias tu agora a viver um desespero como o meu? não saber o que fazer por estar a afundar num amor proibido?



Fiquei de rastos... o meu amor pede-me paz... Como fui capaz de te tirar a paz? Eu disse-te coisas lindas... somente coisas lindas. Foi forte dizer que te queria? Que não eram só versos e poemas de amor? Que mal há nisso? Toda a gente deseja alguém que não deve em algum momento...



Foi duro para mim. Muito. Mas o suficiente para perceber que há homens impossíveis de conquistar. Homens maduros com a vida resolvida. Firmes com os seus deveres e compromissos e se calhar por vezes achamo-nos tão especiais que não pomos sequer hipótese de alguém dizer NÃO. Foi lindo o meu amor por ti. Obrigada por me perdoares, no fundo és uma criatura cheia de amor. Eu também te perdoo o tom com que falaste a alguém que nunca teve uma palavra menos dócil para ti. Obrigada por no final me dares a paz que te possa ter tirado. És um lindo ser e mereces ser feliz.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Maldito Amor





Estou seca. Duvido que o sangue me corra ainda nas veias.
Sou pele, osso e algumas entranhas. Pouco vivo, sobrevivo.
Tu matas-me! Porque me encontraste?
Eu não te escolhi, foste tu que me escolheste!





Quando te vi, puxaste-me e eu acedi qual corpo obediente

às leis do magnetismo.
“Os pólos de um íman não podem ser separados um do outro”.
Bem tentei invocar as leis da repulsão mas falhei, qual físico aprendiz.

“Pólos diferentes atraem-se”. Mentira.

Isto só serve para a matéria e para a física. Já não sou matéria.
Desmonto as leis da física e da química do amor.
Estímulos, hormonas, neurotransmissores. Mentira!


É tudo mentira se tu não sentes o que eu sinto.



Desafio Arquimedes, Platão, Galileu, Kinsley.

O amor não é uma ciência.
Se assim fosse, seria previsível, lógico e racional.
E de racional e lógico tem muito pouco.

“Estou louca, Sr. Doutor”.





O meu diagnóstico? Baixa Dopamina. Oxitocina galopante
com aquele abraço...

Esclarecido? Mata-me então de uma vez!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Memórias de um Futuro - Cap. I


Hoje li uma frase que achei linda, com respeito a relações entre um homem mais velho e uma mulher mais jovem : “ela é o frescor da vida dele... ele, o seu porto seguro, a sua confiança, o seu amparo”. [in conduarte.blogspot.com]

CON, este post é para ti! Adoro a minha amiguinha que tem sempre palavras mágias para mim.



. . . . . . . . . .






Fecho os olhos e vejo-me dentro de um pequeno bote... pequeno barquito atido ao mar. O frescor do vento das cinco bate-te na cara e pequenas gotas refrescam a tua face quando o casco do barco se atira contra as águas, enquanto com a tua calma e serenidade levas o leme.


Eu, estendida ao sol vou navegando, com toda a sensação de liberdade e tranquilidade de um filho que dorme na cama da sua mãe... vou serena e tranquila porque sei que estás ao leme... sinto-me “formosa e segura”. Tu sabes velejar como ninguém.



Respiras o meu perfume de cheiro de bálsamo de praia que te chega nessa brisa que sopra... nesse ar fresco, nessa lufada! Sem mofos e ditos repetidos de uma mulher cansada. Com esses teus cabelos de prata e esse peito cheio de alma, confiança e orgulho por tudo o que és, por tudo que alcançaste, seguras esse leme com o brio de alguém que avistou terra virgem e a conquistou; e há tanto ainda por desbravar, de bandeja só para ti...antes terra de ninguém, agora tua.


Com um passado sempre presente, que te auxilia no momento certo da decisão: eis a inteligência do meu homem ! Exponencial sabedoria. Abençoado sejas!


Alguma paciência é preciso para os momentos em que eu qual criança ingénua quiser ir pelo caminho de espinhos e tu sabendo o fim, deixas-me... Porque tu também já o cruzaste e achas importante que o faça também. Que lindo és para mim...

Mas nunca te ausentes... nunca te canses, “meu tesouro”... Nunca largues esse leme.
Eu, o teu elixir da juventude, o teu viço, trago o mel que te adoça a boca, qual passarinho que sai do ninho, porque a tua sabedoria enche-me de confiança e inspira-me a bater as asas.







Envaideço-me quando me passeio de braço dado contigo... qual dama se passeia com o seu mosqueteiro. Enches-me de flores e eu banho-te com o meu perfume suave... do frescor de uma manhã.


Não creio que venhas ao meu amparo. Mas para que saibas, é por ti que choro, neste momento e outros mais... homem feito, homem maduro. Homem desejado.



Assim éramos nós...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mulheres mal casadas, não se resignem!

Já é tarde. Mas hoje vou escrever sobre as mulheres que sofrem sós.





Tenho uma amiga que tem uma vida de cão. filhos. marido bruto. soube há tempos que ele lhe bate. Como é possível aguentares isto, amiga ?? Tu que és nova, bonita, com saúde, bom emprego... eras tão vivaça na nossa meninice e agora assim?... porque o aguentas, porque não sais de casa? eu sei... filhos, não é? mas já pensaste como será para eles? e o futuro, que referências as deles? um pai que bate na mãe... perdem todo o respeito por ele, por ti... pela família e tudo que envolve laços familiares. Queres protegê-los hoje mas a factura no futuro deles pode sair bem mais cara...



A vida pode vir a ser difícil para uma mulher com filhos sozinha, mas há chance de se começar de novo! Já viste o que ele te tira? [Quem sou eu para dizer o que quer que seja... nunca nenhum homem me tocou] mas a verdade é que me dói ver a hipocrisia destes homems quando estão ao lado delas e lhes põem a mão por cima...


O pior é que às vezes parece que elas acham que merecem... porque não os desejam... porque pensam noutros... TODAS nós pensamos noutros !!! ELES pensam noutras... NÓS pensamos noutros!! não te culpes, não te massacres se o teu amor era outro e hoje escolheste o errado. Começa de novo, na vida vais ser sempre interrompida e vais ter que recomeçar SEMPRE! Por isso não tenhas medo de cair no chão, porque quando ele te bate, é para o chão que tu vais...



Espero sinceramente que um dia tenhas corajem de abandonar esse homem que te bate, que te exige sexo e tu dás até mesmo quando não queres.... que finje que te ama, NÃO AMA amiga!! o amor não quer mal ao outro... é incompatível isso... o amor tem que ter respeito! um homem que não vê a fragilidade, a beleza de uma mulher como mulher, NÃO SERVE! Tu és linda, não foste criada para isso...




Nunca mais consegui olhar para ele da mesma maneira. E quando o vejo a sorrir, só consigo imaginar o sofrimento dela. ter que cuidar dos filhos, cuidar da casa, cuidar de um MARIDO QUE LHE BATE! Ir trabalhar com um olho negro... arranjar desculpas...


Que sofrimento, queridas mulheres... que sofrimento esse que deve ir dentro desse coração. Muitas a sofrerem sozinhas, outras a encararem os vizinhos no elevador... os filhos, a família..

Procurem ajuda, se for preciso! Ajuda de associações, psicólogos, linhas telefónicas. DENUNCIEM!



É sempre tempo para recomeçar. Amem-se primeiro e de certeza que alguém vos amará depois.

Não se resignem, mulheres mal-casadas!

Confissões

Linda flor que desabrochas no meu jardim... sem licença ou permissão. Quem dera comer o mel que guardas com afinco. Cheirar o teu cheiro uma vez só e pôr-te um fim.






O meu jardim é fértil e imaculado para ti. Ofereço-te o mel e o leite que manam dele. Vem, entra no meu horto e prova das minhas cerejas, noviças e carnudas; eu, somente a tua carne quero... e esse desejo mata-me, mas de ânsia, não de amor...




Deixa-me servir-te de bandeja... Serve-te em mim, qual prato requintado, fruta exótica, h’ordeuvres, sobremesa... Como um prato de cerejas eu sou, degusta-me uma a uma, distingue o doce e o exótico do meu sabor. Paravas se eu deixasse... mas com manjares divinais te delicio... Tenho fome da tua carne. Meu lírio, meu desejo, minha ânsia.


Essa prata que de fios te enche a cabeça, brilha em ti como uma auréola de homem vivido com experiência nas matérias da vida, que me põem hirta, enlouquecida de imaginar... os caminhos de deleite que eu jamais conheci e tu desbravarias. Tu, meu lírio, minha ânsia!






Serve-me de ti. Com todo o requinte, serve-me o teu corpo. O meu manjar. O teu néctar. O teu lastro. Quero provar-te. Quem negaria a uma musa a sua última refeição?.. Faminta de ti estou, meu lírio, minha fome.



Lindo lírio que pousas no meu jardim. Hoje vou presentear-te. Desfruta do manjar que te ofereço. Iguarias mais cálidas que essas posso dar-te. Deseja-me... procura-me. Encontra-me. Para que me trepes, me despojes e com ânsia, de uma vez me comas...


1º Beijo



Há coisas que nos ficam na cabeça. Aquele beijo roubado, ou quase roubado. Nem isso.... Ainda assim o perfume dos teus lábios perdurou na minha boca. Já corri – de verdade, mesmo – imensos lugares à procura desse odor. Procurei os clássicos porque aquele odor já me é conhecido. Armani, Versace, Boss... estive lá perto, talvez... “Térre d’ Hermés” ? Mas não tenho a certeza porque nesse mesmo dia acabei por lavar a boca... (malvado asseio!)



Quando entro naquela sala e me aproximo de ti, quero tanto aquele beijo. "Quero o meu primeiro beijo..." como diz Rui Veloso... foi quase meu, esteve tão perto de o ser mas nada.... Mais uma vez desiludi-me.



Mas será que isso significa que uma mulher nunca tem direito ao seu “1º beijo”? Aquele combinado atrás da árvore ou no jardim, ou do pavilhão da escola? Será que esse beijo é sempre do homem? Não pode ser....




Recordo-me que quando me pediram um primeiro beijo e eu disse que sim estava na 4ª classe. O hilariante foi que eu tinha entendido que seria um beijo na face. E o meu amigo, quando viu que o beijinho era na face ficou decepcionadíssimo e eu muito ofendida: “Então, onde pensavas que era?!”...



Achei que tinha aprendido e a 1ª vez que exijo o meu 1º beijo ele é-me negado. Tôla, Tõla! Era mesmo de se esperar. Não sei o que me deu, apeteceu-me, pronto! Mas também é preciso estar-se muito presente para naquele momento não se “distrair” e sei lá, deixar-se ir?!... Olho vivo, tu, sempre!... Que pena...




Estou cansada de acordar com ideias falsas e descabidas de olhar para o lado e estares tu na minha cama... estás na cama de alguém...




o telefone toca.... será ele?
alguém passou com aquele perfume, faz-me olhar para trás e nada...
...ou um casaco igual, uma cabeça grisalha... isto e isto ..... Po**! Cabecinha de mulher é fogo, como diz a minha amiga, Con...

Mas aquele beijo há-de ser meu... um dia hei-de resgatá-lo!!